Com a informação de que a cada 30 segundos uma pessoa morre no mundo em consequência da hepatite B ou C, a Organização Mundial da Saúde (OMS) é clara quando recomenda a testagem o quanto antes2.
Os testes sorológicos e moleculares são comprovadamente a única forma de detectar inicialmente as hepatites, podendo dizer se a pessoa teve contato com o vírus ou não, como explica o Dr. João Renato Rebello Pinho. “Com o mundo globalizado, há sempre risco de surgirem novas pandemias. Por isso é necessário fazer um diagnóstico rápido”, enfatiza.
Quando e como testar
O médico comenta que os métodos sorológicos têm um grande peso na detecção da doença, especialmente para HAV e HBV. Para a hepatite B, os marcadores HBsAg e Anti-HBc Total vão identificar se ocorreu a infecção e devem ser solicitados inicialmente em casos de suspeita.
O Dr. João Renato Rebello Pinho indica o papel da testagem para detectar hepatite aguda antes que se transforme na forma crônica, pois as hepatites B e C não são em geral diagnosticadas na fase aguda.
Outro importante fator é acompanhar a evolução da infecção e compreender o estado de proteção das pessoas: “No caso da hepatite B, é preciso garantir que as pessoas tomem a vacina. Precisamos saber quem está de fato imunizado (que possui o anti-HBs isolado), e iniciar o tratamento para aqueles que já contraíram a doença.”
Há casos em que os marcadores moleculares e sorológicos acabam sendo realizados por tempo indeterminado para acompanhamento da carga viral. O especialista destaca que antes de iniciar o tratamento é preciso ter uma carga positiva para essas hepatites, com a realização dos testes quantitativos.
“Para o HBV, o resultado é um importante indicativo no tratamento, junto da dosagem da alanina aminotransferase e HBeAg”. Já para a hepatite C, a indicação é iniciar o tratamento em caso de RNA viral positivo. “A carga viral é um importante indicador para mostrar se a pessoa está em fase de replicação viral ou não”, complementa o médico.
De olho na hepatite Delta
Nos últimos anos, há muitos estudos em andamento a respeito do HDV ou hepatite Delta, que requer o vírus HBV para replicação3. Apesar das taxas de infecção estarem bem abaixo das demais hepatites, o especialista do Hospital Albert Einstein explica que o HDV ocorre no Brasil, especialmente na região da Amazônia ocidental, onde também há muitos casos de hepatite B: “Os casos são mais frequentes nos estados de Rondônia, Acre e Amazônia onde o diagnóstico é feito com os anticorpos da classe IgG”.
Sangue seguro nos bancos
O Dr. João Renato Rebello Pinho lembra que sempre há uma margem do paciente que está no início da infecção ser indetectável por uma infecção oculta atualmente classificada como por HBV4.
A infecção oculta pelo vírus da hepatite B (sigla em inglês OBI) é definida pela presença de DNA do HBV no fígado, que pode ser detectável ou indetectável no soro e com resultado HBsAg-negativo pelos ensaios atualmente disponíveis. Para isso, deve-se utilizar testes altamente sensíveis e específicos. Os ensaios da Abbott ARCHITECT, Alinity i e Alinity s para HBsAg apresentam uma altíssima sensibilidade analítica e uma sensibilidade clínica de 100% , bem como uma ótima habilidade para detectar cepas mutantes do HBsAg5.
A eficácia da automação da Abbott
O compromisso da Abbott é o fornecimento de um sangue seguro. A Abbott é líder global na triagem sorológica de banco de sangue e plasma, de acordo com Airton Caldeira, Gerente de Contas Estratégicas, da divisão Abbott Transfusion Medicine.
A companhia possui as soluções de automação laboratorial ARCHITECT e Alinity com perfis para diagnóstico das hepatites virais.
Para desenvolver a próxima geração de instrumentos e produtos, Airton Caldeira ilustra que a equipe de engenheiros e pesquisadores da Abbott viajou o mundo todo para entender as reais necessidades de seus clientes.
A dimensão das máquinas, por exemplo, foi pensada para atender aos laboratórios que possuem um espaço físico menor: “A Hemorrede foi criada no Brasil na década de 1980 com um espaço físico reduzido. Como seria possível colocar instrumentos no mesmo espaço físico?”, diz Airton Caldeira. Outra característica é a centralização dos serviços, processo inverso do ocorrido há décadas passadas. E isso impactou diretamente no aumento da demanda e escassez da mão-de-obra.
O resultado foi uma família de equipamentos de última geração, menores, com maior capacidade de liberação de resultados e alta produtividade. As soluções Alinity i e Alinity s atendem prontamente às necessidades e exigências dos bancos de sangue e laboratórios, liberando a força laboral para outras atividades6. Vale ressaltar que o Alinity s é específico para bancos de sangue.